Dás-te porque vais numa maré
de afectos e o corpo
aos rodopios
não controla os braços que se estendem
e ganham dimensões de asas
ou as pernas que se submergem na água
até ao fundo do fundo
do mar.
Sem direcção nem países
tanto voas como mergulhas
e encontras-te sempre
furando o céu ou escavando areias
na fronteira da ternura.
O amor
o teu amor
não tem apelido.