Estou farto de treinadores-pais, de treinadores que, se for preciso, dormem com os seus jogadores para eles não fazerem chichi na cama; estou farto, em suma, de treinadores com a velha escola do «balneário». Quero gente competente a liderar tanto o meu clube do coração como o meu país. Para ganhar, não bastam rezas, santinhas, "salir a ganar", caravaggio, Roberto Leal ou Tony Carreira, como é óbvio para qualquer bípede. Para ganhar, é preciso... sim, isso mesmo, competência. Nem Scolari, nem Camacho revelaram tê-la para que saíssem alguma vez vencedores nos seus projectos portugueses. Um treinador não pode - que me desculpem os scolarianos, mas simplesmente NÃO PODE!!! - levar uma lição de como defender por parte da Grécia, sem ter planos ofensivos alternativos, sem ter uma ideia que fugisse do caos organizado que os próprios jogadores construíam, por sua iniciativa e qualidade, em campo. Não chega rezar a santas nem acreditar que um guarda-redes, por ter defendido penalties em eliminatórias importantes, serve, ad eternum, a uma Selecção. Não chega ir à final de um Europeu, quando esse Europeu é em Portugal e o adversário é uma equipa chamada Grécia, que defendia bem mas que tinha limitações evidentes. Não, não chega. Não me venham com os resultados de Scolari. Que resultados? Aragonés tem resultados; foi criticado por várias escolhas (entre elas, a mais polémica, a questão Raul) mas apresentou resultados no fim. E agora? Calaram-se as bocas? Claro que calaram. Quem ganha merece calar todas as bocas do mundo. Perder com a Grécia, em casa? Ser fraco, fraco, fraco a ler o jogo? Alguém viu os programas que foram dando antes do Euro, na SIC, sobre as campanhas de 2004 e 2006? Alguém viu aquele homem a falar antes dos jogos da Grécia (final) e da França (Mundial) para os seus jogadores? Estou convencido que até o Madaíl terá pensado: "isto é um treinador que estudou os adversários ou um pastor do Reino de Deus?". Absolutamente ridículo.
Não, meus amigos, no Benfica largámos um daqueles treinadores com teias de aranha e "cheiro a balneário" e trouxemos um jovem, que vê o futebol para além da proporção que conseguirão atingir as manchas de suor debaixo dos braços. Façamos, por favor, o mesmo na Selecção. Já chega de prestidigitadores. Queremos um cientista.
Não, meus amigos, no Benfica largámos um daqueles treinadores com teias de aranha e "cheiro a balneário" e trouxemos um jovem, que vê o futebol para além da proporção que conseguirão atingir as manchas de suor debaixo dos braços. Façamos, por favor, o mesmo na Selecção. Já chega de prestidigitadores. Queremos um cientista.