Amo o que está invisível aos olhos do mundo: o vento que deixa as folhas da árvore em madrugadas sem fim, o gesto de quem vive dentro de uma mulher, a pequena dor das coisas que não se perdoam. Amo o fogo posto no coração, de quem alimentou uma tristeza dentro da sua demência. Amo a frase perdida, que podia mudar o instante. Amo sem amar, numa desilusão cheia de dias e meses. Amo sem fronteiras em países que metem nas montanhas uma subida ao lugar dos condimentos. E é, entre fugas ao abismo e alegrias sem fim, que te vou amando. Sem razão nem palavras. Um dia que esquece que vai ser noite.
2 comments:
Sinestesia poética.
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