Morreu o homem que me dizia olá, quando de noite passava por ele a caminho de algum sítio de que não me lembro. Vários sítios, vários olás. Nunca adeus, porque a surpresa do gesto era de assimilar, nunca de expelir. Vi-o em noites em que levava dentro de mim vários adeus e recebia aquele olá como uma esperança. Disse olá à esperança. Disse adeus à esperança. E ele ali, entre o adeus e o olá, sempre.
O olá morreu. Venha o adeus. Adeus. A deus.
4 comments:
É efectivemente pior um adeus carregado algures dentro de nós. Matarmos alguém dentro do peito ou morrermos no peito de alguém. Raios!
Escrevi o que quis. Também não assumirei quaisquer responsabilidades por isso.
Post Scriptum: Pensava que tinha dito adeus ao blogue. Só hoje me apercebi que afinal já está de volta. Fico contente pelo regresso.
Pois bem-vinda sejas a este antro. Não se prometem novidades ainda que elas provavelmente apareçam. Eu também não assumirei quaisquer responsabilidades por isso.
E fico contente pelo regresso, também. De vez em quando voltamos.
Eu aprecio antros. Cheios de letras. Tudo de mim. Ou quase.
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